Posicionamento Sogirgs: Anvisa notifica suspensão da aplicação da vacina Oxford/AstraZeneca em gestantes

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Frente ao grave evento ocorrido em gestante no Rio de Janeiro após a aplicação da vacina Oxford, é importante que tenhamos em mente o real impacto da pandemia em mulheres grávidas e puérperas: o risco de necessidade de suporte ventilatório, UTI e mortalidade neste grupo supera em muitas vezes o possível risco de trombose venosa cerebral que pode estar associado à vacina.

Dados do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) mostram que, no RS, em 2021, das 169 gestantes internadas por Covid-19, 18 foram a óbito (10,6%) e das 38 puérperas, 10 morreram (26,3%).

O risco de morte, sem falar da morbidade associada à internação em UTI e ao risco de nascimento de bebês prematuros, ultrapassa em muitas vezes o risco de trombose venosa cerebral com plaquetopenia: 7 casos em 281.264 pessoas vacinadas – 2,5 casos a mais do que o esperado na população por 100.000 pessoas vacinadas. O número de eventos de trombose venosa cerebral associada à Covid-19 é de 4,3 para cada 100.000 infectados – bem superior a 2,5/100.000 vacinados.

Análises de subgrupos estão em andamento, enfocando especialmente o risco de evento tromboembólico em mulheres com menos de 45 anos.

A escolha entre vacinas é possível, o que não é possível é submeter nossas gestantes e puérperas a um risco sério de morte ao negá-las a vacinação.

Fonte: Dados do OOBr e do editorial do British Medical Journal 2021;373:n1159

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