Proteja-se contra as doenças sexualmente transmissíveis

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O número de pessoas infectadas pelas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) vem crescendo no mundo todo. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que a população entre 25 e 39 anos é a faixa etária mais suscetível a contrair enfermidades como HIV/AIDS, sífilis, gonorreia e HPV (Papilomavírus Humano). Mesmo com o alerta dos médicos e as campanhas desenvolvidas, muitos dos jovens entre 15 e 24 anos não usam nenhum tipo de preservativo durante as relações sexuais.

Doenças como a sífilis, cujo tratamento é fácil quando diagnosticado precocemente, também aumentou nos últimos quatro anos. Em relação à Aids, o índice de contágio dobrou entre jovens de 15 a 19 anos, passando de 2,8 casos por 100 mil habitantes para 5,8 na última década. Na população entre 20 e 24 anos, chegou a 21,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2016, cerca de 827 mil pessoas viviam com o HIV no País e cerca de 12 mil brasileiros têm o vírus mas não sabem. Ainda segundo o Ministério da Saúde, há dois anos foram notificados 87.593 casos de sífilis adquirida, sendo 37.436 em gestantes e 20.474 congênitas.

As consequências de algumas destas doenças podem ser drásticas, inclusive levando ao óbito. Outras são passíveis de prevenção com vacina disponível em postos de saúde, no caso do HPV.

Sobre as DSTs

HIV (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)

HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. O causador da AIDS (da sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas. O vírus é transmitido por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas (sem camisinha) com pessoa soropositiva, ou seja, que já tem o vírus HIV. Também se contrai a doença pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados, como agulhas e alicates. A doença pode ser transmitida de mãe soropositiva sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.

HPV (Papilomavírus Humano)

Transmitido por sexo vaginal, anal e oral, o HPV pode levar à formação de verrugas na genitália e no ânus. Mas as consequências mais graves são câncer de colo do útero, de ânus, de pênis, de boca e de garganta.

Gonorreia (Neisseria gonorrhoeae)

De fácil transmissão, a doença é causada por bactéria que pode afetar a uretra e o colo do útero. Popularmente conhecida pelos nomes de pingadeira, esquentamento ou blenorragia, a doença provoca sintomas aparentes, como secreção purulenta, ardor, eritema e infecção especialmente na uretra – canal que liga a bexiga ao meio externo, mas nas mulheres pode ser assintomática. Manifesta-se também na pele, provocando feridas nos órgãos genitais. Na mulher, denomina-se bartolite, que são edemas nas glândulas de Bartolin, localizadas próximas aos pequenos lábios, e causam deformação genital.

Clamídia (Chlamydia trachomatis)

É a DST de maior prevalência no mundo e apresenta sinais parecidos com o da gonorreia. A doença também é causa por bactéria, que provoca corrimento de cor clara na uretra e dor ao urinar. Algumas mulheres podem não apresentar sintomas, mas a doença pode infeccionar útero e trompas, resultando em complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até mesmo esterilidade.

Mycoplasma genitalium

O Mycoplasma genitalium é uma bactéria transmitida por relações sexuais que provoca sintomas parecidos com gonorreia e clamídia. O mais comum é o corrimento uretral e vaginal, mas o quadro também pode incluir ardência ao urinar, sangramentos, infertilidade e complicações na gravidez. A principal forma de prevenção é o uso de preservativo.

Sífilis (Treponema pallidum)

A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha e também da mãe para o bebê durante a gestação ou parto. A melhor forma de prevenção é o uso do preservativo. No caso das gestantes, é importante fazer o teste em diferentes momentos da gravidez e, caso detectada, tratar a doença o mais rápido possível para evitar a transmissão para o filho.

Herpes genital

Manchas avermelhadas sobre a pele com pequenas bolhas na ponta do pênis ou na parte externa da vagina podem ser sinais da doença. As bolhas causam ardência e coceira intensa, o que normalmente ocasiona seu rompimento e, consequentemente, feridas que cicatrizam de forma espontânea. A doença é causada pelo vírus do herpes simples (HSV) que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. A doença não tem cura e uma de suas características é a regressão e ativação das lesões na pele, que ocorrem em intervalos de tempo imprevisíveis, normalmente quando o paciente apresenta quadros de baixa imunidade. Pessoas infectadas pela doença têm a primeira infecção de forma mais grave e longa do que as posteriores. Outras pessoas, mesmo infectadas, nunca desenvolvem os sinais da doença. Independente de sintomas, todos os portadores podem transmitir o vírus HSV nas relações sexuais.

Fonte: Ministério da Saúde/Febrasgo

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